quarta-feira, 7 de março de 2012

Lembram-se quando Lisboa tinha uma ilha?


Esta fotografia foi tirada em 1988 em Lisboa, perto do Farol do Bugio. O desaparecimento da ilha é devido às subidas dos Oceanos.


Muitos lisboetas disfrutaram deste fenómeno natural durante anos. Um cenário incrivel no meio de uma capital europeia!


Hoje em dia quem olhar fixamente para esta zona na maré baixa verá ondas e espuma branca. Deve-se ao facto de ainda existir o banco de areia. A ilha não tinha bares nem restaurantes. Estava completamente virgem e abandonada, talvez um dia possamos usufruir da ilha novamente


English Version :

This photograph was shot in 1988 in Lisbon, near the Lighthouse Bugio. The disappearance of the island is due to the rising of the oceans.


Many lisboetas enjoyed this natural phenomenon for years. An incredible scene just next an European capital!


Today those who stare to the low tide in this area will see waves and white foam due to the fact that the sand bank still exists. The island had no bars or restaurants. It was completely virgin and abandoned, maybe one day we can enjoy the island again






O BUGIO (Uma fortaleza comida pelo tempo, uma memória adormecida)

Como uma ilha no meio do mar, onde a memória perdura ao longo dos séculos, O Bugio abre o Tejo para o mundo. Foi lugar santo, foi prisão e fortaleza. É hoje um farol quase abandonado.
Em 1910, celebrava-se missa na capela de São Lourenço do Bugio. As pessoas iam a pé, na baixa-mar. Outros iam de trenó e o passeio servia também para pagar promessas feitas em momentos de aflição. Primitivamente conhecida por Torre da Cabeça Seca e por Torre de São Lourenço ou São Lourenço da Barra, este farol é hoje designado apenas por Bugio.
O início da sua construção data de 1578, a mando do rei D. Sebastião. Em 1590, Filipe II de Espanha, requisita o frade servita João Vicêncio Cazale para dirigir as obras do forte, obras continuadas por Leonardo Turriano, arquitecto-geral do reino. Turriano modificou o projecto de Cazale, mas deixou-lhe a forma circular, inspirada no Castelo de Sant’Angelo de Roma. No ano de 1640 ainda as obras do Bugio não estavam concluídas, embora dispusesse de armamento e guarnição. Nas lutas que se verificaram nesse ano, o governador, o castelhano João Carrilho Rótulo, rendeu-se aos portugueses e entregou a torre sem resistência. A obra foi continuada em 1643 sob a superintendência do Conde de Cantanhede, com o engenheiro Frei João Turriano, nomeado engenheiro-mor do reino por D. João IV.
Em 1654, o Bugio possuía já uma guarnição e em 1679 chegou a servir de prisão.
O coronel francês Vincent, comandante da engenharia do exército de Junot, considerava, em 1807, o Bugio uma fortaleza inadequada à defesa marítima de Lisboa: "um fraco obstáculo contra o inimigo que, com vento favorável, tentasse forçar a passagem da barra".
No ano de 1681, a guarnição do Bugio, era assim constituida:
"Vergastada através dos tempos pela fereza inclemente dos elementos em fúria", como refere Alfredo Ferreira do Nascimento, no livro A Torre do Bugio, Lisboa, 1958, a torre foi sofrendo estragos ao longo dos anos. Segundo aquele autor, a última grande reparação data de 1952, após "um temporal que durou dezassete dias e derrubou grande parte da muralha noroeste".
Em 1891, o farol era de luz branca, de rotação completa, com eclipses de três em três minutos e clarões com a duração de 10 segundos.
O "alumiamento" era feito com 16 candeeiros Argaud de reflectores parabólicos, com um alcance de 16 milhas.
Hoje, a rotação total das luzes é de 10 segundos e o farol é completamente automatizado, possuindo um detector de nevoeiro que acciona automáticamente um sinal sonoro.


1 comentários:

  1. ... se for a ilha que me lembro,
    nós chamávamos a "coroa" por causa da forma, se for a mesma. Cheguei a lá ir,e muitas pessoas também.

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